9a MOSTRA _ SP DE FOTOGRAFIA _ #PlásticoNão

De 03 de julho a 04 de agosto, a Vila Madalena, em São Paulo, será ocupada pela Mostra SP de Fotografia.

Em sua nona edição, a Mostra entra em uma nova etapa ao escolher uma causa como fio condutor para as vinte e sete exposições e ciclo de conversas que vão acontecer durante um mês, em vários pontos do bairro mais artístico da cidade. Com curadoria assinada pelas fotógrafas Ivana Debértolis e Mônica Maia e pelo idealizador do projeto, Fernando Costa Netto (DOC Galeria), a Mostra SP de Fotografia terá o Plástico como tema. 

Apresentadas em galerias, lojas, restaurantes, escritórios de arte e muros autorizados, as exposições, escolhidas a partir de uma convocatória e de uma extensa pesquisa dos curadores, buscam chamar a atenção do público sobre o impacto negativo que o plástico tem causado ao meio ambiente.


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CIRCUITO 9a MOSTRA SP DE FOTOGRAFIA | FOTÓGRAFOS E LOCAIS

1- Henrique Tarricone

A Bela do Dia, RUA MORATO COELHO, 1003

 Plantas de plástico estão espalhadas pela cidade e representam bem nossas relações pessoais.
A luta entre o real e o natural contra o fake e perfeito. 

2 – Andréa Barreiro

Arteira Co Store, RUA FIDALGA, 282

 A fotógrafa guardou todo o lixo plástico utilizado durante uma semana e criou uma imagem inspirada na fotografia da rainha Elizabeth II, de Chris Levine – Lightness of Being.

 3 – Eduardo Leal

Banana Verde, RUA HARMONIA, 278

 A série Árvores de Plástico chama a atenção para a disseminação das sacolas plásticas no Altiplano boliviano, onde viajam com o vento até se engancharem nos arbustos nativos.

4 – Rodrigo Koraicho

Bar do Beco, Rua Aspicuelta, 17

 Resolvi refletir sobre a maior herança que vou deixar após partir. Algo que irá perdurar por muito mais do que algumas poucas gerações.

5 – Cássio Vasconcellos

A Queijaria, RUA ASPICUELTA, 35

 Em 1997, garrafas PET coletadas no lixão de Santo André foram levadas para o estúdio. A ideia foi usar o rigor técnico das imagens de publicidade para fotografar essas garrafas.

6 – Família Schurmann

Bolo da Madre, R. GIRASSOL, 185

Durante a terceira e mais recente volta ao mundo, a Família Schurmann testemunhou – e denunciou pelas redes sociais – a invasão plástica em um lugar sem sinais de humanos.

7  Diego Nigro

Tapume Aspicuelta, RUA ASPICUELTA, 139

 No Canal do Arruda, Zona Norte do Recife, meninos da comunidade Saramandaia mergulham dentro de um canal poluído e tiram da lama algo que renda a sobrevivência.

 8 – Renato Negrão

Cazu Gastrobar, RUA HARMONIA, 321

 Em Dharavi, maior favela na Ásia, em Mumbai, o plástico e seus derivados estão presentes ocupando uma parte significativa da paisagem devastada pela ação do tempo ou do homem.

9 – Doug Monteiro

Tamtum Tecidos, RUA ASPICUELTA, 23

 O Plasticídio oceânico é a maior tragédia na perda de biodiversidade nos últimos tempos. Espécies estão ameaçadas por toneladas de resíduos que chegam aos mares todos os anos.

10 – Luiza Sampaio

Chá de Rabiscos, R. GIRASSOL, 326

 Um mergulho fundo na natureza, em um lugar remoto, no fundo do mar percebe-se que o essencial é invisível aos olhos, mas um pequeno plástico nunca será.

 11 – Kátia Carvalho

Muro Aspicuelta, RUA ASPICUELTA, 139

 Na zona oeste do Rio de Janeiro, jacarés-de-papo- amarelo dividem espaço com todo tipo de sujeira, sobretudo o plástico descartado indevidamente.

 12 – Luisa Dörr

EBAC, RUA MOURATO COELHO, 1404

 A vida útil de um canudo plástico é de minutos, aproximadamente. Esse objeto infâme leva 400 anos para se decompor e é o maior vilão dos oceanos.

13 – Michele Roth

Ecoótica, RUA WISARD, 271

 O maior depósito de lixo do mundo está no Oceano Pacífico, numa região que vai da costa californiana até o litoral havaiano. Fernando de Noronha não está longe dessa realidade.

14 – Nathalie Bohm

Fernanda Yamamoto, RUA ASPICUELTA, 441

A quantidade de redes, anzóis e linhas perdidas ou abandonadas no mar são uma das maiores ameaças à vida marinha.

 15  Renato Stockler

Flavia Aranha, RUA ASPICUELTA, 224

 No entroncamento das rodovias AP-070 e AP-340 há somente um comércio. Os veículos que passam descem para molhar a garganta. As garrafas de água? Essas são jogadas pela janela.

16 – Barbara Veiga

Juliana Bicudo, R. GIRASSOL, 170 -174

 Nas proximidades do Mar Mediterrâneo, uma tartaruga é encontrada presa a um saco plástico de arroz de proporção industrial vindo da Turquia.  

17 – Yan Boechat

Mecânica Tório, RUA FRADIQUE COUTINHO, 967

 Os carros, sempre ávidos por mais combustível, em Mossul, Iraque, são algozes e vítimas da sede mundial pelo líquido negro que corre sob essa cidade milenar.

18 – Cris Veit

Casa Orgânica, RUA FIDALGA, 346

 Na 25 de Março, tradicional rua no centro de São Paulo,  bancas de comerciantes informais se transformam em embrulhos envoltos por lona plástica azul.

 19 – Apu Gomes

Tapume Aspicuelta, RUA ASPICUELTA, 30

 O objetivo do trabalho realizado ao longo de 11 anos e que com mais de 50 bonecas diferentes é chamar atenção para o impacto que a figura humana causa ao meio ambiente.    

 20 – Justin Hofman

Pinguina, R. MEDEIROS DE ALBUQUERQUE, 337

Aproveitando as correntes marinhas, cavalos-marinhos se agarram a detritos naturais. Nas águas poluídas da ilha indonésia de Sumbawa, uma espécime se prendeu a um cotonete.

 21 – Levi Bianco

Mollo Furniture, RUA MEDEIROS DE ALBUQUERQUE, 313 

 Da Ponte das Bandeiras, Marginal Tietê, o visual mais árido da nossa cidade.

 22 – Ale Ruaro

Prototype, RUA HARMONIA, 71

 Dados da ONU Meio Ambiente mostram que a indústria da moda é responsável por 8% a 10% das emissões globais de gases estufa – mais que a aviação e o transporte marítimo juntos. 

23 – Rodrigo Tomzhinsky

UMA, RUA GIRASSOL, 273

O ator e ambientalista Victor Fasano representou a personagem Cobra Honorato, fotografado em uma ilha dentro da comunidade Tiririca, no município de Novo Airão, Amazonas.

24 – Coletivo Rolê

Prédio Harmonia, RUA HARMONIA, 150

 Levando em consideração o uso indiscriminado e o descarte indevido do plástico, o coletivo fotografou momentos isolados do material no cotidiano urbano.

 25 – Luciano Candisani

Basico.com, RUA ASPICUELTA, 216

 Ao redor da Ilha de Utila, em Honduras, plásticos são levados por correntes marinhas que não escolhem o que carregam.

 26 – Marcos Piffer

Postes,

Os elementos que compõem este ensaio fotográfico são objetos de plástico conexos a infância coletados na beira da praia da cidade de Santos, São Paulo.

27 – Raphael Alves

RM Estacionamento, RUA ASPICULETA, 238

O Rio Negro, afluente do Amazonas, quando enche expõe a dura realidade de uma parcela da população que sobrevive em palafitas.


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A participação da jornalista ambiental Paulina Chamorro como curadora especial do Ciclo de Conversas, que faz parte da programação paralela da Mostra, é um dos destaques desta edição.

[ CICLO DE CONVERSAS ]

PARAÍSOS PLASTIFICADOS

Fernando de Noronha vista pela lupa do lixo plástico revela que nem os paraísos estão livres.

Data: 05/07

Local: Civi.Co

Convidados: Michele Roth, Luiza Sampaio e Doug Monteiro (fotógrafos ativistas de Fernando de Noronha)

VOZ DOS OCEANOS 

A nova aventura da Família Schurmann, que há mais de três décadas viaja pelos mares do mundo.

Data: 10/07

Local: Civi.Co

Convidados: Família Schurmann

RIOS – ESPELHOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA 

Assim como os mares, nem os rios brasileiros estão livres da contaminação plástica. Nessa mesa, vamos ouvir o ativista Eduardo Srur contando sobre outras formas de abordar o tema, o fotógrafo Carlos Alkmim e seu olhar para os rios paulistas, além das ONGs que trabalham diretamente com rios no Brasil: SOS Mata Atlântica, que há décadas tem o projeto “Rede das Águas”, e FAS (Fundação Amazonas Sustentável), que participa da campanha “Mares Limpos” com o projeto fotográfico “Rios Limpos”, da ONU Meio Ambiente.

Data:12/07

Local: a definir

Convidados: Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica; Eduardo Srur; FAS; Carlos Alkim, fotógrafo 

CAMINHADA RIOS E RUAS 

Um passeio ao longo do leito do Rio Verde, que corta a Vila Madalena sob o asfalto, promove o reconhecimento da nossa cidade, conscientiza e aguça a nossa imaginação. A caminhada será conduzida pelos especialistas em hidrografia paulista, o arquiteto José Bueno e o geógrafo Luiz de Campos Júnior, pelos curadores Paulina Chamorro e Fernando Costa Netto. 

Data: 13/07, a partir das 10h30 

Local: Saída do Bar do Beco, R. Aspicuelta, 17

PRAIAS E O PLÁSTICO – UMA CHAMADA PARA AÇÃO 

Itens plásticos são os principais objetos encontrados em mutirões de limpeza de praias pelo mundo. No Brasil não é diferente. Nessa mesa, vamos conhecer a campanha global da ONU Meio Ambiente, “Mares Limpos”, e da Ecosurf, um dos mais reconhecidos projetos de limpeza de praia do país.

Data: 20/07 

Local: a definir

Convidados: João Malavolta, da Ecosurf; representante da campanha “Mares Limpos” da ONU Meio Ambiente; Gabriela Otero, representante Abrelpe; Representante ABRE – Associação de Embalagens

ECONOMIA CIRCULAR E OUTRAS SOLUÇÕES PARA AS CIDADES

Trabalhar com soluções frente ao problema do lixo plástico nas cidades passa pela economia circular. Vamos conhecer a origem dessa nova forma de pensar resíduos e de que forma São Paulo está enfrentando o problema.

Data: 18/07

Local: EBAC

Convidados: Xexéu Tripoli, Guilherme Brammer, da Boomera; Daniela Lerario, da Triciclos, Thaide, artista

PLÁSTICO PELO MUNDO 

A WWF-Brasil apresenta os dados do seu principal relatório sobre o plástico no mundo e uma conversa entre a jornalista Paulina Chamorro e o premiado fotógrafo da National Geographic Luciano Candisani.

Data: 25/07

Local: EBAC

Convidados: Luciano Candisani; Anna Carolina Lobo, gerente do programa Mata Atlântica & Marinho do WWF-Brasil


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