O PL, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PSDB), ainda precisa ser aprovado em segundo turno antes de ser remetido à sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O texto pode ser modificado até a segunda deliberação, o que ainda não tem data para ocorrer.

O vereador afirma que sua intenção não é atingir o Jockey Clube, mas deseja que o local tenha outro propósito e citou as dívidas que a instituição de IPTU, que ultrapassam os R$ 464 milhões.

— O Jockey não se sustenta por corrida de cavalo, ele não se mantém, não consegue nem pagar o IPTU, o problema não é ele parar de ter corrida de cavalo, ele se mantém da mesma forma não vai aumentar e nem diminuir rendimento para eles — disse ao GLOBO — O propósito da minha lei é que a gente pare de usar animais para entretenimento humano, ainda mais com apostas. A lei federal já proíbe a rinha de galo, as rinhas de pitbull, não posso levar a corrida de cavalos ao mesmo patamar de uma rinha de galo, claro, mas há sofrimento do animal, não é espontâneo, não é natural.

O GLOBO procurou o Jockey Clube para comentar o projeto de lei em discussão na Câmara, mas não recebeu resposta até o fechamento da reportagem.

A revisão do Plano Diretor sancionada em julho prevê a transformação do Jockey Clube, que fica em área nobre da Zona Oeste de São Paulo, em parque, que será chamado de João Carlos di Genio, fundador do grupo Objetivo. Entretanto, para que isso se concretize é preciso que a Prefeitura torne a área de interesse público e faça um projeto para a criação do parque.